Gineteadas e Tiro de Laço

As mulheres estão abrindo cancha isso é vizível, mas mesmo assim poucas mulheres se arriscam a montar um cavalo e ir para um rodeio e laçar.

Agora uma pergunta:

Por que os peões não motivam mais as prendas a participarem dos rodeios ou festas campeiras sendo que temos capacidade?

Dá-le Prenda

Esta é uma ótima questão.

Tu tem toda a razão, os peões devem incentivar suas prendas no meio campeiro, com toda a certeza. E o Movimento Tradicionalista também pensa assim, tanto que até criou um traje para proporcionar a participação das prendas: a pilcha feminina campeira, que antes não existia.

Temos que incentivar as prendas a participarem destas atividades...

Em alguns momentos também falta um pouco de iniciativa das prendas em se manifestar que querem participar, isso também acontece...

Vamos levantar esta discussão no CTG...

Bom concordo contigo que falta de inciativa de algumas prendas, mas sempre que posso estou a disposição...tanto que no 1º Campeonato Municipal de Tiro de Laço me ofereci para ajudar no saca laço sempre que pude...

A questão da pilcha feminina foi uma otima ideia(parabéns para quem a teve), tanto que também tenho a pilcha.

Só não estou laçando por motivos maiores, mas assim que tiver a oportunidade irei começar, com "a peleia"...

Buenas.

Eu acho que é muito importante o papel que as prendas podem e desempenham no ramo campeiro. O MTG é a chave para o futuro talvez não só de nosso estado como de outros lugares que adotem seu modelo. Bem, um futuro bem distante, ao menos. O que quero dizer é que nós não queremos nenhum movimento relacionado ao machismo, se este vir a ser modelo para a nossa sociedade, não é? Já nos basta o machismo puro que é o sistema todo da Igreja Católica (sem levantar maiores discussões no assunto).

De qualquer forma, o problema não é (em minha opinião) a falta de incentivo, pois como o próprio Fábio falou, o Movimento tem uma pilcha específica para as mulheres participarem da lida campeira. O problema sim é que as mulheres não querem participar da parte campeira.

Claro, jamais terei o "cacife" para falar em totalidade, mas pode-se dizer que a grande maioria é assim.

Não sei bem a explicação sociológica certa para isso, mas a maioria das mulheres não quer e não gosta da parte campeira. Se isso é um machismo reprimido ou alguma outra coisa, me falta conhecimento para definir.

O ponto que quero chegar é que eu acho que as mulheres não tem uma participação efetivamente maior na parte campeira simplesmente por que não querem. Claro, ainda há preconceito da parte de alguns "índios velhos", mas é só analizar o QI destas pessoas e entenderás que o verdadeiro problema destas pessoas é falta de instrução e educação formal.

Aí chegamos em outro ponto muito importante da discussão.

Pode-se dizer que a parte campeira do Movimento, por assim dizer, é a parte aonde atuam o menor número de "filósofos", ou digamos de uma melhor forma, de tradicionalistas verdadeiros. As pessoas da parte campeira geralmente não gostam de pensar, e elas não estão ali para isso.

Laço, Prova de Rédeas, Gineteadas, Prova do Chasque, Prova do Couro, tudo isso são meros esportes. Claro, hoje em dia o MTG e sabe-se lá mais quem considera pelo menos o tiro de laço como atividade cultural. Mas os laçadores não estão nem aí para isso.

Torno a dizer que jamais poderei falar em totalidades.

Os laçadores querem ir no rodeio, jogar seu laço, se divertir com os amigos, comer um churrasco, e tal e coisa. Tudo isso é festa. E naturalmente tem uma importância gigantesca para o Movimento. Principalmente na economia.

Se formos analizar, são os nossos esportes campeiros que giram o maior montante da economia relacionada ao tradicionalismo, o que faz com que tudo (invernada artística, invernada cultural, etc) cresca junto.

Isso para termos uma noção da perfeição do "troço". Cada pequena peça, cada armada jogada na cabeça de um boi tem uma grande importância para todo o Movimento.

Então, concluo, que nós não podemos brigar com ninguém ou qualquer coisa do tipo com relação a isto, mas sempre devemos tentar ajustar as coisas para que tudo possa crescer, pois briga não constrói, apenas destrói. E isso todo mundo já sabe.

Muito bem colocado Francisco. A questão das prendas não terem uma atração generalizada pela parte campeira eu considero uma coisa mais que natural, devido a ser uma atividade que é na sua essência original, masculina (foi formada culturalmente assim), que mesmo que a gente tente não ser machista, no fundo não temos como não ser um pouco (tanto que a prenda precisa usar uma roupa muito semelhante a do homem, por exemplo, mantendo sua feminilidade é claro). A dúvida é a seguinte: será que mais prendas gostariam de participar e se sentem constrangidas por um machismo inconsciente ou involuntário, expressado através de gestos, olhares e/ou pequenos comentários e brincadeiras?...

(aliás abri um tópico sobre esta coisa de "brincadeiras" no discuções diversas)